terça-feira, 8 de novembro de 2011

Vai cachorra, rebola novinha!

Esses são alguns dos rótulos que a turma do funk deu a nossas meninas. E sabe o que é pior, elas ainda obedecem aos comandos que as desmerecem. Há uma crise de identidade no meio das mulheres. Hoje elas já não gostam de ser chamadas de princesas, lindas, gatas e outros elogios piegas. O lance é ser chamada de cachorra, vadia, popozuda, safada e outros apelidos depreciativos.

Nos bailes, o pancadão rola e os MC’s falam o que querem das mulheres. Pior, as próprias mulheres do funk não se dão o respeito. Veja só esse trecho de um funk cantado por um grupo de mulheres:

“Eu vou pro baile, eu vou pro baile / Sem, sem calcinha / Agora eu sou piranha e ninguém vai me segurar / Daquele jeito!”

Gente é exatamente isso que elas cantam. E com orgulho. A declaração soa como um grito de libertação mas na verdade é um grito de desvalorização. Não podemos concordar que chamem nossas meninas de cachorras e etc... Precisamos assumir uma postura de defendê-las e assim gerar uma resistência aos que insistem em minimizar a mulher e torná-la um simples objeto sexual.

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