sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Na Moral, estado laico e a pregação do relativismo filosófico na Globo.

Normalmente, eu durmo cedo. Porém, ontem resolvi abrir uma excessão para acompanhar o programa Na Moral, apresentado por Pedro Bial. As razões disto? Não foi a participação de Silas Malafaia, pastor este que discordo veementemente quanto a sua teologia. Mas sim, a participação do intelectualmente desonesto e canalha presidente da ATEA, Daniel Sottomaior. 

"Nossa, Hebert, porque você, cristão, está xingando o cara?" - Antes de tudo, estou apontando um fato. O fato de ser cristão não me impede de notar que uma pessoa apresenta um comportamento desonesto, e menos ainda de chamar esta pessoa do que ela é. Definitivamente, a ATEA é uma organização criminosa e doentia. E Sottomaior, como seu presidente, é uma pessoa desonesta.


Prova disto é a imagem acima, o qual a ATEA (presidida por Sottomaior e portanto, se não foi ele que postou isto, endossou e CONCORDA com esta postagem) estimula o assassíneo de religiosos, especialmente cristãos - leia mais aqui. Em dado momento, Sottomaior crítica Silas Malafaia sobre a Teologia da Prosperidade, e posteriormente afirma que "pastores enriquecem", quando isto não é bem verdade. E enquanto a ATEA, organização criminosa(discriminação religiosa é o mais evidente deles, visto que eles não são apenas ateus e sim, anti-teístas) crítica os dizímos, elas pedem o seu próprio.

Dito isto, vamos a algumas questões abordadass durante o programa. Devo salientar que não vi o programa desde seu início, visto que estava assistindo Vingadores(de novo, he) e só mais tarde me lembrei(00:23 exatamente, portando acompanhei metade do programa) que ele havia começado!


#1 - Como dito antes, não concordo com as posições teológicas assumidas por Silas Malafaia, mas ele destacou pontos importantes do Cristianismo que merecem sim, ser avaliados - pois, mesmo que um cristão discorde de outro sobre X, há questões fundamentais e inalienáveis ao Cristianismo. A primeira delas diz respeito ao que o Cristianismo é, ou seja, ele não é apenas mais um produto religioso dentro do comércio religioso. Apesar dos benefícios sociais(formação de boas pessoas, por exemplo) do Cristianismo(também presente na maioria das religiões), sua essência não está nisso. O Cristianismo apresenta "verdades em conformidade com os fatos" - como exemplo, você está dizendo uma verdade em conformidade com os fatos quando afirma que o Céu é azul, e eu o faço quando afirmo que eu sou afro-descendente. Assim, o Cristianismo afirma que há somente um Deus, pessoal e externo a nossa realidade, assim como criador desta. Segundo, o Cristianismo afirma que há no ser humano uma falha moral(o pecado) - que é responsável por estarmos afastados de Deus. Terceiro, cremos que há solução(salvação) para isto, e ela é encontrada na pessoa histórica de Jesus Cristo, visto que por sua morte obtemos o perdão moral de Deus. Assim, somos postos em um relacionamento com Deus. 

O livro "A Verdadeira Vitória do Cristão"(Editora Anno Domini, autoria de Maurício Zágari) põe em cheque muitas das questões levantadas sobre o triunfalismo e prosperidade pregada por Malafaia e repudiada por uma grande quantidade de cristãos. Ou seja: O Cristianismo nem de longe prega "riqueza e prosperidade" aqui na Terra, por mais que esta teologia torpe tenha entrado em muitas igrejas, e sim o foco está em sua relação com Deus pelo que Deus é, não pelo o que ele pode dar.

#2 - Eu não vou me extender sobre a questão do Estado laico. Vejo ele como uma necessidade, e a defesa da democracia(fortemente amparada por príncipios cristãos) está de acordo com a maioria absoluta dos cristãos. As questões levantadas (sobre "Deus é louvado" no Real, ensino religioso no colégio, discriminação religiosa[sendo largamente promovida por cristãos, segundo deu a entender], etc) foram de infantis a algumas realmente importantes, e sobre estas questões farei textos posteriormente. Abaixo, fica um lembrete ao pessoal que curte um "Estado laico coringa".

"Só para lembrar que a dualidade - não-dualismo - entre Estado e Igreja é de origem protestante. Que o termo 'secular' é de origem religiosa. A ideia de 'soberania' do Estado é de origem cristã. A ideia de 'crédito' de mercado, tem origem na ética credal cristã-calvinista - Weber. A declaração universal dos direitos humanos tem raízes na cultura judaico-cristã - basta dar uma olhada em 'Justice: Rights and Wrongs de Nicholas Wolterstorff - então, por favor, pense bem sobre o que você chama de 'Estado Laico'. Laicidade não significa uma dimensão isenta de influências religiosas em hipótese alguma." - Guilherme de Carvalho.

#3 - O representante Umbanda(peço sinceras desculpas por não lhe citar o nome, procurei e não encontrei. Assim que possível, estarei atualizando o post para algumas modificações, e estas estão na lista) e Sottomaior tocaram na questão de discriminação por parte dos cristãos em relações a eles(como 'representantes' de ateus e umbandas). Primeiramente, destaco que esta é uma atitude lamentável da partes desses cristãos. Eu discordo absolutamente do ateísmo como crença, assim como estou em absoluta discordância do Umbanda até onde conheço ela. Contudo, devo salientar que eu - assim como um grande número de cristãos - sei lidar com as diferenças. De fato, tenho entre meus amigos ateus, umbandas, espirítas, católicos e até os que confessam o Satanismo, e por mais que discorde de muitos pontos por eles levantados nesse sentido(de crença), eu difitivamente não os trato mal por apresentarem tais cosmovisões. Isto é absolutamente contrário ao Espiríto de Jesus, onde por Ele sou ensinado a Amar o próximo como a mim mesmo, e devo amar até mesmo meus inimigos!(a saber, os que me ofendem). Outro ponto, o fato é que discriminação é algo inerente ao homem, ainda que não seja moralmente justificável. Ou seja, todos os seguimentos da sociedade(fato este citado por Silas Malafaia) apresentam os "ovos podres", e isto porque há na sociedade os "ovos podres". Uma passeata ecumênica não seria a solução, e sim a educação e ensino deste princípio cristão - o de amor ao próximo, ainda que não haja necessidade de rejeitar o exclusivismo de nossa fé, visto que este é um elemento absolutamente importante para nós, cristãos. 

#3 - Por último, a proposta indecente de ecumenismo e relativismo filosófico do apresentador Pedro Bial, enfatizada sob a frase: "Nas morais". O que em si mesma, se faz necessário um post próprio. Mas vou chamar a atenção para alguns fatos. 

Certa vez, o pastor Paul Washer disse que "Se duas afirmações contraditórias e diametralmente opostas são ambas chamadas "verdades", o resultado é a morte da verdade!". Qualquer pessoa, até mesmo o relativista, logicamente concordaria com esta frase. Infelizmente, não é o que hipócritamente tem ocorrido no nosso século. Em nome de uma falsa tolerância e conveniência, o relativismo filosófico - "Não existe verdade absoluta. Minha 'verdade' pode ser diferente da sua 'verdade'" - , o qual o ecumenismo religioso é apenas um de seus desdobramentos, tornou-se uma norma.


Well, vamos combinar uma coisa? Todo cristão que segue, de fato, as doutrinas de Cristo e tenha o minímo de bom-senso necessário afirma, como explicitado anteriormente, que crê em uma verdade objetiva, superior. Pressupor que isto nos torna arrogantes, quando muitas pessoas - cristãs ou não - agem assim(com arrogância) é o cúmulo do simplismo. A defesa do exclusivismo religioso (ou de crença) e a manutenção deste em nenhum momento levaria, necessariamente, a discriminação. Lembrando que ninguém, mesmo um relativista, é um relativista sempre - afinal, sempre crerá sinceramente que está certo, e se diz o que diz, é no fundo para "apaziguar" uma situação que pode causar desconforto no outro. As pessoas discordam uma das outras o tempo todo, e não deixarão de fazê-lo. Assumir o relativismo e, por extensão, o pluralismo religioso é hipocrisia prática - além de diminuir os valores que você mesmo defende e também, os do próximo. Ecumenismo não é a solução. É no minímo fuga da realidade. Termino o texto com David K. Clark, citando trecho do livro Ensaios Apologéticos: Um estudo para uma cosmovisão cristã (Editora Hagnos). 

"Uma forma de pluralismo interpreta todas as religiões como verdadeiras no tocante aos resultados valiosos que produzem. Tal visão, como dito anteriormente, na realidade significa que as religiões são úteis, não verdadeiras. As afirmações do tipo "Javé é o Criador" não são literalmente verdadeiras, como "a cidade de Saint Paul é a capital do Estado de Minnesota". Contudo, acreditar nelas gera benefícios. Dessa forma, as religiões são ficções úteis. [...]
       Afirmar que todas as religiões nos ajudam a  alcançar a busca espiritual é muito vago. Qual a verdade sobre essa busca? Qual é o verdadeiro, Summum Bonum, O Bem Maior? As ánalises religiosas se contradizem. Mas obter a análise certa é importante, pois cada prática depende da veracidade da análise. Devo tomar antiácido ou fazer quimioterapia para tratar minha dor de estômago? Isso dependa da questão da verdade: o que eu tenho é azia estomacal ou câncer no estômago? Devo ser um bom cidadão para a sociedade atual, como encoraja meu amigo pluralista, ou também me preparar para o pós-vida? Isso depende da questão da verdade que é inetável. [...] Eu digo que as pessoas que proclamam que todas as religiões são verdadeiras põe-se em uma posição difícil. No final, elas tenderão a crer que sua religião é profundamente verdadeira e que as demais crenças são veridadeiras apenas nos aspectos que são concordantes com as da sua fé. E isso, evidentemente não é pluralismo."
 + em Cristo.
Hebert Paixão.

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